O objetivo principal do projeto é a promenade arquitetural por meio da valorização do entorno com intervenções discretas. Um espaço minimamente notado em seu exterior que trás uma realidade totalmente inversa no interior.

   Uma obra em que o corpo é protagonista, conduzido e orientado por formas convidativas que brincam em sintonia com os sentidos corporais  - visão, orientação e tato -.

   Um grande vão, subterrâneo, que adequa-se totalmente à topografia; sua estrutura localiza-se dentro de uma colina existente, partindo deste princípio surge o nome: Galeria Casco de Tatu.

   Em seu interior, a obra conduz cada passo do usuário, mas permite aos olhos percorrer a totalidade do espaço. Suas formas duras, texturas com aspecto brutalístico e alheias aos detalhes, guiam o olhar refinado para o principal da galeria, a arte ! 

   Suas divisões de espaço são feitas através de cabos de aço revestidos de cobre, que podem ser remodulados no espaço de acordo com a exposição que a galeria vier a receber. 

   Com o aço estrutural aparente em seu interior, e a combinação sutil do brutalismo industrial, a arquitetura cumpre também o papel de conduzir à orientação espacial, gerando a certeza de que o corpo do usuário ocupa uma paisagem no coração da região do Vale do Aço.